quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Faz-me favas com chouriço...

People, ando triste… Vocês pensam: “mas que está para aqui este gajo a dizer?! Isso já nós sabemos quando lemos os teus textos de cortar pulsos”. 

Não… não é nada disso. Eu não sou os meus textos, eles são só uma parte de mim. Eu escrevo um pouco dark porque gosto de chafurdar um pouco na guinha, para depois subir à realidade e esta me cheirar menos mal.

E vocês pensam: “mas isso é negativo na mesma”. E Eu respondo: “pois… ah…”. Não interessa… o facto é que eu estou triste, isto porque constatei que ninguém gosta de favas com chouriço. Pois é! Pois é! Estupefactos?... Não?... Exactamente, o problema é mesmo esse. Não tenho ninguém com quem partilhar o meu gosto por este prato. A não ser a minha mãe, mas ela gosta de coisas ainda mais esquisitas, não conta. A realidade é que eu, estando num grupo, quando digo que gosto de favas com chouriço, vejo que ninguém me acompanha.

Pá, sinto-me triste, principalmente porque o pessoal nem se dá ao trabalho de provar o prato e já diz que não gosta. Não sei porquê este preconceito negativo em relação às favas. Será porque dantes se metiam duras no bolo-rei, ou porque é comida de pobre?

Por isso, decidi fazer um estudo. Um estudo de grande interesse e importância para a comunidade em geral. Ou então só para mim… Decidi colocar neste blog uma sondagem a perguntar se gostam de favas com chouriço. Quero ver se ainda existe alguém, só para não me sentir só.

 Vá lá… não custa nada. Aposto que era pior se as tivessem de provar. Por isso, já sabem…

Entretanto deixo-vos com o grande clássico do rei do rock português “Favas com chouriço”. Oh… Desculpem… quero dizer “A pouco e pouco”.

Nota: Reparem só na expressão da gaja do vídeo clip. Género: “quero fugir daqui…” ou “mas que raio estou aqui a fazer?...”.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Bidé







Banheira, lavatório, sanita, bidé??? Meu Deus o que é isso? Esclarecam-me! Algum pastel feito pela prestigiada pastelaria francesa? Não entendo, por diversas vezes dei comigo em variadíssimas casas de banho a olhar para essa mesma peça e a pensar que tipo de pessoa será aquela que o inventou. Com que propósito? Será apenas algo, tipo um jarro, concebido para a nossa esposa colocar dois dias depois do aniversário do nosso casamento o ramo de flores em água? Para na semana que antecede o Natal, com a numerosa família, deixarmos o bacalhau a demolhar? Para servir como uma espécie de sanita improvisada em situações de emergência, quando a bexiga da nossa esposa deveria mas não aguenta mais e irrompe pelo WC dentro aquando do nosso momento de descontraçao? Alguns deles até confundem facilmente, quando empresas que os criam se lembram de colocar tampinhas de tão forma idênticas às de uma sanita... Um gajo fica baralhado... Qual a lógica de pensarem que alguém só se lavaria nas partes íntimas antes de ir para a cama ou ao levantar sem que o resto também ficasse limpo e cheiroso? Quem? Pergunto-vos eu. É a mesma coisa que para fazerem uma sopa de alho francês, simplesmente lavassem o nabo e não lavassem a rama... Enfim, após várias consultas no psicólogo, prestes a seguir com a vida pacata que tinha anterioremente a me ter deparado com o primeiro bidé, pensando eu que o trauma seria passado, quando me deparo com uma casa de banho ainda mais assustadora... Agora para além do bidé não é que também se lembraram de colocar suportes aquecidos para toalhas? Meu Deus, que que tanto digo Teu nome em vão... Que combinação! Quer dizer, usamos o bidé para plantar cebolas e de seguida quando prontas a colher, colocamos no suporte penduradas, esperando que na próxima ida a casa dos sogros, na aldeia, eles nos presenteiem com uma dúzia de chouriços caseiros e um presunto, ficando assim o quadro do suporte de enchidos preenchido e esperando que com o tempo o vapor da água dos banhos faça o idêntido a um fumadouro... E (F)esta, hein?

Queda "livre"

Num desiquilíbrio da alma, num salto para o abismo escuro e frio da incerteza, num lampejo de irracionalidade... É quando nos deixamos cair para o lado ruim do amor, o de dentro. Aquele que não tem porta de saída. Apenas a morte, do todo ou da parte, te pode resgatar das amarras tristes e duras da realidade ilusória de quem ama. Não existe lógica, não existe motivo, não existe sequer necessidade que o procuremos. E, ainda assim, é sorrisos que vês no rosto de quem sofre da entrega e lágrimas nos rostos de quem é livre de tamanha façanha. É quem de dentro te fala e te pede que te protejas, quanto puderes, desta provação incomensuravelmente recompensadora de quem dá e pouco recebe. Não digo que fujas, porque serias perseguido. Apenas que te resguardes, que te refugies nas ruas vadias e te percas nas relações sem sentido, que não te entregues, que não tentes, que não dês. Enquanto puderes, apenas recebe, sente, sê. Depois dirás que não era nada disso que querias. Mas ambos saberemos que o sofrimento que te faz feliz, também é aquele que te matará.