segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Career Tips

Miguel - Prós e Contras (20-06-2011)


Tenho dito isto vezes sem conta. Escondermo-nos atrás do CV construído no formato Europass, que é incompleto, impreciso e sinal de inércia, não tira ninguém do marasmo. É preciso "bater punho", ser criativo na forma como apresentamos a quem pode apostar em nós que somos diferentes, que nos destacamos dos outros. Para isso, podemos utilizar um sem número de técnicas de marketing, mas podemos começar pelo mais simples: o CV.


Se quiserem saber mais, vejam o vídeo ou falem comigo. ;)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O que é que justifica a violência?

Violência gratuita, espontânea, apreciada, exposta e difundida. Este é caso da “jovem espancada em Lisboa”. Estranho, mas não tão estranho.
Porquê? Primeiro, porque para mim a violência é sempre incómoda. Faz-me sentir nauseado, acelerado, alerta. Imagino a dor do agredido, transfiro-a para mim revendo-a novamente na pessoa, e sinto-me mal, podre.
Segundo, actos como este sempre aconteceram. Quantas vezes já vi porradas e espancamentos piores. A quantos amigos meus já não aconteceu isto e com muita sorte não me aconteceram a mim. Pelo menos nada de grave. Na minha escola era o “pão-nosso do dia-a-dia”. Agora, a única coisa nova nesta violência é a sua exposição nas redes sociais.
Mas, não é sobre isto que quero falar. Quero é falar numa questão que me surgiu ao ver um comentário de uma psicóloga na SIC, e sobre um comentário de uma colega das agressoras.
Obviamente que nos noticiários e na televisão tinham que colocar pessoas a discutir o caso. A dar de seu parecer, a rotular os agressores de malucos, “geração rasca”, jovens sem valores. A julga-los, para todos ficarmos mais aliviados e com o sentido de justiça preenchido. Foi neste campo que apareceu a psicóloga, a tentar fugir deste normal pensamento humano de popular linchamento. Dizendo que não estava ali para julgar ninguém, que os jovens que agrediram também são humanos.
 Infelizmente, ao se tentar desviar do julgamento e demonstrar imparcialidade cometeu o erro de não se exprimir correctamente. Principalmente quando disse que, ao ver as mensagens dos agressores e dos colegas no Facebook compreendia o propósito da sua agressão. Isto, aos olhos de quem não sabe ler nas entrelinhas e não entende que compreensão é diferente de aceitação, não vai parecer nada bem.
Outro ponto, ainda mais engraçado, que me fez relembrar desta história toda, é o seguinte. Hoje ao ver o telejornal, uma das colegas das agressoras afirmava: “elas agrediram porque ela chamou nomes e insultou a mãe de uma e porque traiu “não sei quem””. Foi aqui que me deu um flash nos neurónios.
É isto justificação para bater e agredir? Afinal, até que ponto se pode justificar a violência? É a simples humilhação por palavras razão para responder com punhos e estaladas? É porque se for, daqui a pouco mais vale pegar numa arma e matar quem que chateia, ou simplesmente tortura-lo, humilha-lo e domina-lo, realçando o meu poder sobre ele.
Até certo ponto eu compreendo, mas não aceito. Nunca aceitarei justificação alguma para a violência, só em defesa da integridade física que ponha em risco, ou não, a própria vida. Nada justifica a violência, nada! Mas, e se…?