quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Credo do Ego


Creio no Ego,
Eu Todo-Poderoso, Criador da Vontade,
De todos os Comportamentos.
Creio em uma só Motivação, Egoísmo,
Filho Uno do Ego, nascido do Self antes de tudo o resto;
Eu do Eu, Altruísmo do Altruísmo,
Eu verdadeiro do Eu verdadeiro;
Não gerado, não criado, inerente ao Self.
Para Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, Seres, e para nossa sobrevivência surgiu,
E encarnou pelo poder da evolução
No seio da Mente, e Se fez Vontade.
Também por nós foi mascarado sob a Negação,
Padeceu e foi recalcado.
Ressuscita sempre, conforme escrito no ADN;
E sobe à Psique,
Onde se senta ao lado do Ego;
De novo há-de vir em Sua defesa, para buscar o Bem e o Mal;
Pois Seu caminho não tem fim.
Creio na Vontade Primordial,
Centelha que dá a vida, que procede do Eu e do Egoísmo;
E com o Eu e o Egoísmo é adorado e glorificado;
Ele que fala pelos Condicionalismos.
Creio nesta Vontade una, pura, universal e hereditária.
Professo um só início, para admitir que Altruísmo, é só um aspecto do Egoísmo.
E espero a ressurreição da verdade
E a compaixão que há-de vir.
Ámen.



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Toda a gente se parece com toda a gente

Toda a gente se parece com toda a gente. Não é só o meu pensamento estereotipador a atuar, é muito mais que isso.
As pessoas estereotipam-se a si mesmas.
Facto inegável é a nossa adoção (consciente ou inconsciente) de estilos idênticos aos do grupo com o qual nos identificamos: a fala; o andar; o vestir; entre outras coisas.
Mas incomoda-me. Angustia-me o facto de eu não conseguir não estereotipar.
Sinto que, por todos quererem ser identificados com algo, e, mesmo os que não têm essa intenção inevitavelmente o serem, a minha mente é forçada a estereotipar.
Por isso, ao andar pela cidade de Lisboa olho para todas as pessoas como se apontasse o dedo classificador: pobre; rico; extremamente pobre; novo-rico; classe alta; classe baixa; trabalhador; sem-noção; porco; beto; beta; meninos da mamã; convencido; convencida; arrogante; infeliz; cansado; bem-disposto; divertido; top-model; snob; estrangeiro; indiano; italiano; africano; lisboeta; nortenho; guna (chunga); dondoca; homossexual; empresário; empresária; macho-men; empreiteiro; trolha; desconfiado; inteligente; confiante; hip-hoper; confiante; simpático; humilde; secretária; intelectual; cota; manipulador; passivo; defensivo; toxicodependente; alcoólico; VIP; azeiteiro; personagem da televisão (Chuck Norris, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Britney Spears, Angelina Jolie, etc); e mais todos os outros estereótipos inimagináveis.
Que se passa na minha cabeça quando vagueio por estas ruas lisboetas? Que se passa enquanto circulo de autocarro em autocarro, ou me insiro de metro em metro? Como fujo a este esteriótipo mental que me faz ver o mundo em quadrados? Quem me ajuda a montá-los?
O aglomerado urbano estendesse tão largamente que cria novos grupos e aumenta os grupos já existentes. É impossível ninguém se parecer com ninguém.
Deixo-me influenciar pela dimensão, pela mensagem que as pessoas através do aspeto querem transmitir, pelo reflexo que não conseguem evitar. Rotulo. Tento ver para além das evidências, mas não consigo. A imagem barra a minha perceção ao verdadeiro ser do Ser Humano. Essa caraterística que eu não me esqueço. Que aquele à minha frente é um Humano como eu, com dramas como os meus, pensamentos idênticos aos meus, alegrias e tristezas tão fortes como as minhas.
Enfim, dou por mim idêntico aos de mais. Mais um Humano sem Ser, ou mais um Ser sem Humano? Mais um qualquer absorvido pelas repetições banais.
Por isso penso: e eu, com quem me parecerei?

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Män som hatar kvinnor - Os Homens que Odeiam as Mulheres

Para quem ainda não sabe estreou um filme fantástico, que eu ainda não vi: “Os Homens Que Odeiam as Mulheres”. Adaptado do famoso romance de Stieg Larsson, ou talvez imitação deste filme “Män som hatar kvinnor”. Este sim, realmente baseado no livro. E como podem ver, irrita-me o copy paste Americano com pretensão a artigo original, de filmes Europeus e Asiáticos.
Apesar de ser sueco “Män som hatar kvinnor” é definitivamente um grande filme. Atrevo-me a diver que chega a ser tão mítico como o “Silêncio dos Inocentes”, o “Figth Club”, o “Irreversivel”, “Taxi Driver”, and so on.
Infelizmente não sou crítico de cinema, nem percebo nada de técnicas cinematográficas, por isso minha opinião é o que é, de mero consumidor. E como consumidor, satisfiz-me com o ambiente cinzento, negro e violento do filme.
Por isso não o perca, num torrent mais perto de si.
Outro filme que aconselho a ver, é o “Trust”. Um filme normal, com uma mensagem repetitiva, que nunca é de mais repetir. Mas o que verdadeiramente gostei nele foi o retracto bem elaborado do processo psicológico emocional (negação) da rapariga (vitima). Vale a pena ver como este se pode processar.

Por último, para quem anda fudido da vida (como eu), para quem anda fudido com a crise (como eu), para quem começa a ter raiva por ter nascido na merda desta mentalidade provinciana, egoísta, invejosa, cusca, beata, interesseira, portuguesa, em que cada qual tem o seu quintal e ninguém dá nada a ninguém; fica aqui um pouco de empowerment de TEDxYouthBraga com Miguel Gonçalves.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Faz um frio do caralho

Antes de mais queria-me agradecer a mim próprio e à minha namorada. Os únicos que votaram na sondagem “favas com chouriço”. Pelo menos já não estou forever alone, haja alguém que me contrarie.
Sendo assim, nem vale a pena fazer uma sondagem de quem gosta de sushi. Ainda pensei em fazer uma de quem gosta do frio, mas é melhor estar quieto.
Passei por aqui só para dizer que faz um frio do caralho. Daquele género de grizo que te griza os tintins (ou as maminhas) e que nos desperta a vontade (pelo menos a mim) de gritar P*** Q** P****. É que passo a porra do dia todo cheio de frio e ainda por cima, nesta contenção de custos, ninguém abre a porra do aquecimento. Finalmente, desde os meus tempos de criança, vi-me obrigado a usar ceroulas. Ceroulas! Devo estar a ficar velho!
Mas, engane-se quem pensa que é porque este ano faz mais frio. Não me venham cá com essa conversa do: “ah, este ano acho que faz mais frio e tal”. Não, não se passa nada disso. Todos os anos é sempre a mesma coisa, faz sempre um frio do camano. Infelizmente, este ano ando menos de carro. E no vai vem do cá para lá, e do lá para cá vou apanhando com as corrente gélidas e passo os dias a tremer em convulsões elétricas.
Bem, mas se o calor me faz sentir morno de monotonia, ao menos o frio faz-me sentir vivo de agonia.
Por isso, deixo-vos com Vivaldi - Four Seasons (Winter). Simplesmente espetacular.


P.S.: Criei um blog meio porc... desculpem, erótico. Passem por lá. http://rascunhosdalibido.blogspot.com/